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modelo de economia estatizada entrou em decadência, prenuncian­ do a vinda de um modelo no qual haveria mais espaço para a li­ vre iniciativa e o empreendedorismo. O ideal do cooperativismo de crédito, que parecia utópico, ganhava credibilidade. As cooperativas passariam a experimentar um período de prosperidade, com convê­ nios mais abrangentes com o BNCC e maior penetração no mercado financeiro. Mas faltavam, ainda, avanços nos campos normativo e legislativo. A conquista estava por vir, com a Constituição de 1988.
A igualdade na Constituição
O marco regulatório do novo enquadramento jurídico das co­ operativas de crédito está impresso no artigo 192 da Constituição, no qual consta que o Sistema Financeiro Nacional abrange as coopera­ tivas de crédito, sujeitando­as às mesmas regras dos demais agentes financeiros. “A Lei Maior, quando promulgada, em outubro de 1988, assegurou o direito de existir das cooperativas de crédito como insti­ tuições financeiras, esse foi o grande feito”, sintetiza Ademar Schar­ dong. A inclusão do cooperativismo de crédito na Constituição Fede­ ral, como parte integrante do sistema financeiro, é resultado de uma das maiores mobilizações já realizadas pelo setor. A articulação envol­ veu lideranças de todo o País, de diferentes ramos do cooperativismo, que trabalharam de forma integrada na defesa das propostas.
Memória
Looking back
 Equal treatment under the law
The regulatory framework for credit unions under the new legal system is contained in Article 192 of the Constitution, which states that the National Financial System includes credit unions, subjecting them to the same rules as other financial institutions. “The Supreme Law, adopted in October 1988, assured credit unions of their right to exist
as a financial institution. This was
a great achievement,” Ademar Schardong asserts. The inclusion
of credit unions in the federal Constitution, as an integral part of the financial system, was the result of one of the greatest campaigns ever undertaken in the financial sector. The organized movement involved leaders throughout the country, from different branches of cooperativism, who worked together to advance their goals.
























































































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