Page 36 - Sicredi
P. 36

O conjunto de restrições foi reforçado em 1965, quando a resolução número 11 do Conselho Monetário Nacional determinou “a extinção das atividades creditícias exercidas por sucursais, agên­ cias, filiais, departamentos, escritórios ou qualquer outra espécie de dependência existente em cooperativa de crédito”19. As cooperativas também foram proibidas de utilizar a palavra banco em sua deno­ minação. Além disso, só eram permitidos dois tipos de cooperativas de crédito: rural e de crédito mútuo.
As novas regras indicavam que as cooperativas não tinham sido contempladas na reestruturação do sistema financeiro. Ao con­ trário, o modelo que se desenhava era de estatização desse setor da economia, como constata Schardong. “Mais de 90% do sistema financeiro era operado por instituições financeiras públicas. A Lei da Reforma Bancária reduziu a praticamente zero a atividade das cooperativas de crédito”, enfatiza Schardong.
Parte do rigor da legislação pós­1964 representava uma pre­ caução do governo para evitar irregularidades na gestão das coo­ perativas. Segundo Mário Kruel Guimarães, experiências malsuce­ didas na administração de algumas instituições tinham manchado a reputação do cooperativismo de crédito com o Banco Central, ge­
 People’s Rural Bank of Crissiumal. The restrictions were reinforced in 1965, when the National Monetary Council’s Resolution No. 110 provided for “the end of credit activities by branch offices, agencies, subsidiaries, departments, offices
or any other entity dependent on credit unions”19. Credit unions were also prohibited from using the word bank in their name. In addition, only two types of credit unions were permitted: rural and mutual credit.
The new rules indicated that the credit unions were not part of the
restructuring of the financial system. In contrast, the model consisted of nationalizing this economic sector, as noted by Schardong. “More
than 90% of the financial system was operated by public financial institutions. The Bank Reform
Law practically reduced credit union activity to zero,” Schardong emphasizes.
Part of the reason for such
harsh laws after 1964 was the government’s desire to avoid improper management of credit unions. According to Mario Kruel
 36























































































   34   35   36   37   38