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Respaldado pela Cooperativa Mista Agropecuária de Juscimeira, que já estava consolidada em 1989, Berthold liderou a criação da primeira cooperativa de crédito do município e uma das primeiras do Mato Grosso. Em pouco tempo, o padre foi convidado a disseminar as propostas coopera- tivistas em outras regiões, estimulando iniciativas semelhantes. “Eu mos- trava as vantagens, economicamente. Por isso, uma cooperativa deve ter e mostrar efeito, levar progresso para o lugar”, explica Berthold.
As cooperativas de crédito mato-grossenses nasceram sob a influência do movimento de retomada que vinha subindo do Rio Grande do Sul e do Para- ná ao longo dos anos 80. Apesar da experiência acumulada durante quase um século pelos gaúchos, o cooperativismo de crédito ainda era quase desconhecido nas novas fronteiras agrícolas, despertando a desconfiança das pessoas. “No começo, foi difícil, tinha um pessoal que acreditava e outro que não acreditava. Nós não tínhamos sede, não tínhamos dinheiro para comprar móveis, comprar máquinas, qualificar pessoal”, relata Germano Zandoná, um dos pioneiros do cooperativismo de Água Boa, município situado na porção média do Vale do Araguaia, fundado na década de 70 por agricultores oriundos do Sul do País.
A história de Sérgio Antonello Rubin, um dos desbravadores do Nor- te do Mato Grosso, retrata as adversidades da época. Natural de Fortaleza
Memória
Looking back
 Backed by the Mixed Agricultural Cooperative of Juscimeira, established in 1989, Berthold helped found the city’s first credit union – one of the
first in Mato Grosso. Within a short time, the priest was asked to spread
his cooperativist ideas to other parts
of the country, which brought about similar initiatives. “I would show
the economic advantages. In other words, a cooperative should have and demonstrate an impact – bring progress to an area,” explains Berthold.
The Mato Grosso credit unions were influenced by the 80’s movement in Rio Grande do Sul and Paraná to reclaim
credit unions. Despite the gauchos nearly century’s worth of experience, credit cooperativism was still largely uknown in the new agricultural frontiers, which caused a lot of distrust. “In the beginning, it was difficult. One person believed in it and the next one didn’t. We had no headquarters or money
to buy furniture and equipment, no qualified people,” relates Germano Zandoná, one of the pioneers of cooperativism in Água Boa, a city located in the Araguaia Valley and founded in the 70’s by farmers from southern Brazil. The story of Sérgio Antonello Rubin, one of the frontiersman from northern Mato Grosso, demonstrates the difficulties





















































































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