Page 76 - Sicredi
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mão do que hoje é o principal diferencial competitivo do Sicredi: ser coo- perativa. As lideranças decidiram, então, “dar curso a um projeto maior de organização econômica da sociedade”, conforme define Schardong. A decisão significava manter o diferencial competitivo de uma organização cooperativa, com características, princípios, doutrina e objetivos bem de- finidos. Por outro lado, a busca pela autonomia representava um grande desafio: ter um banco próprio, para não depender de terceiros.
Para concretizar o projeto de criação de um banco das coope- rativas, seria preciso, mais uma vez, mudar a legislação. Mas, agora, o movimento cooperativista estava fortalecido com a vitória obtida na Constituição de 1988. O ponto de partida de toda a argumentação era o artigo 192, que garantia às cooperativas igualdade de tratamento em relação aos demais agentes financeiros. O primeiro avanço veio com a resolução número 1.914 do Conselho Monetário Nacional, de 11 de ju- nho de 1992, que ampliava a autonomia das cooperativas de crédito, autorizando uma série de atividades e operações.
As cooperativas estavam prontas, então, para traçar uma rota ainda mais ousada, cujo destino seria a criação do primeiro banco coo- perativo do Brasil, em 1995.
 society’s economic organization,” as described by Schardong. The decision meant keeping the competitive advantage of a cooperative organization, with well-defined characteristics, principles, doctrines and objectives. On the other hand, autonomy presented a huge challenge: having one’s own bank so as not to depend on third parties.
The creation of a cooperative bank called for, once again, new legislation. However, this time, the cooperativist movement was in a stronger position owing to the victory obtained under the 1988 Constitution. Therefore, the starting point for its case was Article
192, which guaranteed credit unions equal treatment with other financial institutions. The first victory came from the National Monetary Council’s Resolution No. 1.914, of June 11, 1992, which gave credit unions greater autonomy by authorizing a series of activities and operations.
The credit unions were now ready to chart an even more daring course, the culmination of which would be the creation of the first cooperative bank in Brazil, in 1995.
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