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tica o que aconteceu por conta de não termos esse preparo antecipado”, admite Figueira. Para compensar a falta de conhecimento técnico nas filiadas, a Central atuava de forma direta na gestão das cooperativas de crédito, conforme relata Figueira: “Nós tínhamos, na Central, um estafe muito grande, que se preocupava, também, em liberar o crédito, fazer captação, fazer compensação”, lembra o dirigente.
Nos primeiros meses de funcionamento, as cooperativas de cré- dito do Mato Grosso do Sul sofriam tanto com problemas de liquidez, que a Central chegava a tomar empréstimos de parceiros, como a Uni- med, para cobrir a compensação dos cheques dos associados. As lide- ranças perceberam, então, que seria necessário mudar o rumo que as cooperativas vinham seguindo. No dia 21 de abril de 1990, a Central convocou uma reunião, em que as cooperativas deveriam tomar uma di- fícil decisão: “Nós tínhamos que decidir se iríamos continuar com aquele projeto ou se daríamos um ponto final e não se falaria mais em coope- rativas de crédito no Mato Grosso do Sul”, conta Celso Figueira, que presidiu a reunião.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas no Mato Grosso do Sul, as lideranças ainda acreditavam que era possível seguir exem-
  Later in practice we came to realize what had happened from not having been properly prepared in advance,” admits Figueira. To compensate
for its affiliates’ lack of technical knowledge, the Credit Union Regional Center managed the credit unions directly. As Figueira relates: “At the Credit Union Regional Center we had a large staff that dealt with issuing credit, training and clearing transactions,” the director recalls.
During the first months of operation, Mato Grosso do Sul’s credit unions had such a liquidity problem that the Credit Union Regional Center took out loans
from its partners, such as Unimed, to cover check clearing for its members. The leadership soon realized that the credit unions had to change the way they were operating. On April 21, 1990, the Credit Union Regional Center convened a meeting at which the credit unions were asked to make a difficult decision. “We had to decide whether to go forward with this project or call an end to credit unions in Mato Grosso do Sul,” recounts Celso Figueira, who presided over the meeting.
Despite all the problems faced in Mato Grosso do Sul, the leadership still believed that it was possible to
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