Page 27 - Sicredi
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Em função das distâncias, era comum guardar o dinheiro em casa por um período, antes de fazer os depósitos. “O associado vinha uma, duas vezes por ano na cooperativa. Quando ele tinha reservas, vinha para aplicar na sua caderneta de poupança. Quando precisava tomar crédito, também vinha. A cada meio ano, ele trazia sua caderneta, depois de 31 de julho e de 31 de dezembro, para atua­ lização dos juros”, relata Neumann.
Nas cadernetas, eram registradas todas as operações dos as­ sociados na cooperativa. As anotações, feitas à mão, tinham a mes­ ma validade que anos mais tarde seria
atribuída à autenticação mecânica.
Naquela época, os associados nem
imaginavam que um dia utilizariam
esse tipo de recurso. “Era tudo feito
no punho, cada associado tinha sua fi­
cha, não existia nada automatizado”,
observa José Arnildo Schardong, um
dos primeiros associados da Caixa
Rural União Popular de Crissiumal,
atual Sicredi Noroeste RS.
Prédio da Caixa Rural de Panambi, em 1939
Memória
Looking back
  members lived in the country, travelling long distances on foot or by horse to reach the credit union.
Due to the long distances, members often kept their money at home for some time before making a deposit. Neumann relates that “the members would come once or twice a year
to the credit union. When they had extra money, they would come to make a deposit to their savings account, and when they needed to borrow, they would come for that purpose. Every six months, after July 31 and December 31, they would
bring their savings books to have the interest updated.
All member transactions were recorded in their savings books. The handwritten notes were just as valid as the electronic authentication that occurs today. Back then, members never imagined such resources. “Everything was done by hand. Each member had his own file card; nothing was automated”, according to José Arnildo Schardong, one of the first members of the United People’s Rural Bank of Crissiumal, known today as Sicredi Noroeste RS.
Reprodução/A história do cooperativismo de crédito de Panambi: uma trajetória de 75 anos













































































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