Diversificação de investimentos: 7 dicas para começar
Diversificar ajuda a diluir o risco dos investimentos e aumenta a possibilidade de melhor rentabilidade
Está pensando em começar a investir? Confira dicas essenciais.
No mundo das aplicações financeiras, não há uma carteira totalmente sem risco. Dessa forma, para minimizar as variações dos investimentos e reduzir o impacto que essas oscilações podem causar ao seu capital é preciso entender sobre a estratégia de diversificação de investimentos.
Isso significa que é preciso fazer aplicações em ativos de renda fixa e variável ao mesmo tempo. Além disso, é importante se expor a graus de riscos diferentes para proteger seu dinheiro sem perder uma rentabilidade interessante.
A lógica por trás disso é a seguinte: se você colocar todos os ovos em uma única cesta, quando ela cair a perda será total. Já, ao colocá-los em várias diferentes, quando uma delas tombar, ainda será possível salvar as outras.
Pensando nisso, preparamos um conteúdo com as principais dúvidas sobre a estratégia e separamos sete dicas sobre diversificação em investimentos para você entender tudo sobre o conceito. Siga com a leitura e confira!
O que é a diversificação de investimentos?
Também conhecida como “cesta” ou “portfólio”, o conceito de diversificação, essencialmente, significa distribuir o dinheiro disponível por vários tipos de aplicações. Independentemente se são de renda fixa ou variável, o objetivo principal é diminuir os riscos do mercado aos quais a carteira ficará exposta.
Outra vantagem, defendida por especialistas, é conseguir rentabilidades mais altas por conta da diversidade de ativos que podem, dependendo da estratégia, ser mais bem distribuídos a médio e longo prazos. Quando se trata de investimentos, alternar as apostas garante que o dinheiro fique sujeito a diferentes níveis de riscos e, consequentemente, de lucratividade.
Dependendo dos movimentos do mercado, quando um determinado tipo de aplicação está em alta, outro pode estar em baixa, logo, quanto maior a diversidade de investimentos, mais estável será a carteira.
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Por que diversificar os investimentos é importante?
Diversificar os investimentos é muito importante porque garante um melhor manejo de risco. Afinal, algumas aplicações podem ter um grau de perigo maior para o investidor, fato que deve ser considerado no momento da aplicação. Esse tipo de estratégia é eficaz, pois possibilita que você monte uma carteira de investimentos com características específicas conforme o seu perfil.
Pense assim: ao escolher uma aplicação e colocar todo o seu dinheiro nela, você está se expondo 100% aos riscos e retornos que ela oferece. Mas, se optar por duas ou mais opções diferentes, as incertezas podem ser reduzidas, certo?
Além disso, com investimentos distintos, sua carteira pode ter uma performance melhor quando algum evento impactar um produto específico. Portanto, traz mais segurança ao investidor, independentemente do perfil. Uma diversificação equilibrada gera mais tranquilidade.
Essa estratégia é, principalmente, muito importante para os investidores de alto risco, que apostam em fundos de ações e multimercado, por exemplo. Ao combiná-los com outros investimentos mais seguros, como poupança, produtos de renda fixa e LCA, ganha-se mais certeza e confiança.
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Diversificação x pulverização
Para entender melhor como aproveitar as possibilidades dos investimentos, é importante entender a diferença entre os conceitos de diversificação e pulverização. A primeira estratégia requer a elaboração de uma abordagem fundamentada em conhecimentos sobre o mercado financeiro para que a carteira do investidor corresponda aos seus objetivos.
Dessa forma, é preciso entender, pelo menos um pouco, sobre cada categoria de aplicações e sobre o mercado para tomar melhores decisões ao compor seu portfólio. Uma dica, nesse caso, é misturar os ativos de renda variável e fixa para garantir que o dinheiro esteja exposto a diferentes graus de risco.
Já a pulverização acontece quando há uma aplicação de recursos em títulos de instituições financeiras diferentes. Pode ser uma parte da estratégia de diminuição da exposição ao risco, por exemplo.
Assim, se uma instituição estiver com dificuldades, as outras continuarão fortes. Ao contrário da diversificação, na pulverização não existem, necessariamente, investimentos em mais de um tipo de ativo. Logo, alguém poderia investir exclusivamente em renda fixa, mas pulverizar seus ativos em mais de uma instituição financeira.
Do ponto de vista estratégico, a diversificação tem vantagens em relação à pulverização, pois oferece maiores possibilidades de proteção contra os riscos não sistêmicos.
Como diversificar investimentos?
Já deu para perceber que investir em ativos de renda fixa e variável, com diversos graus de exposição ao risco, é importante para proteger o seu dinheiro. Além disso, essa estratégia garante uma rentabilidade interessante.
Quer saber como diversificar os investimentos? Confira!
1. Tenha uma reserva de emergência
Qualquer pessoa que queira investir da maneira correta precisa, antes de tudo, de uma reserva de emergência. Ela lhe traz tranquilidade caso um imprevisto aconteça.
De maneira geral, isso significa deixar uma quantia disponível para usar em momentos de dificuldades com sua renda ou com gastos imprevistos. Ela deve, claro, estar alocada em um investimento seguro e com alta liquidez (ou seja, de fácil acesso, como a poupança).
2. Conheça os investimentos
Depois de montar a sua reserva, você pode — e deve — conhecer outros investimentos com prazos e características distintas. Dessa forma, é possível investir dinheiro de maneira diversificada, sem ficar vulnerável durante emergências financeiras.
O seu gerente e o nosso time de especialistas podem apoiar você em momentos de dúvidas sobre a melhor aplicação para os seus objetivos pessoais.
3. Entenda o seu perfil de investidor
Conhecer seu perfil de investidor desde o início — pode também mudar ao longo do tempo — é muito importante para realizar aplicações certeiras. Usar essa estratégia como ponto de partida para diversificar é uma opção válida, pois limita, principalmente, o teor de risco ao qual a carteira ficará exposta.
As categorias de investidor são:
- tipo conservador: corre baixo risco e, em contrapartida, tem rentabilidade regular.
- tipo moderado: tem um risco e rentabilidade regular.
- tipo arrojado: é o que corre maior risco, mas, em troca, garante uma rentabilidade mais elevada.
Sendo assim, a principal diferença entre elas está na proporção entre o risco e a rentabilidade.
4. Defina os seus objetivos e prazos
Em termos gerais, os investimentos podem apresentar prazos diferentes, categorizados como curto, médio e longo. Essas escolhas de aplicações estão, normalmente, ligadas ao objetivo financeiro do investidor.
Dessa forma, criar uma relação direta entre o propósito para o qual aquele dinheiro está sendo empregado e a janela de tempo que você deseja alcançá-lo é uma opção de critério para diversificação.
Por exemplo, se o dinheiro está sendo aplicado para comprar um carro, pode ser melhor optar por aplicações de médio prazo. No entanto, se o propósito é investir para uma aposentadoria tranquila, pode ser mais benéfico escolher aplicações de longo prazo. Cada meta terá a sua própria especificidade.
5. Inclua aplicações de renda fixa e de renda variável
Você sabia que os investimentos são divididos em dois grandes grupos: renda fixa e variável? Na primeira opção, o investidor sabe de antemão qual será exatamente a rentabilidade de uma aplicação pré-fixada. Também pode acontecer um cálculo aproximado da remuneração final no pós-fixado — que utiliza indexadores, ou índices, como referência.
Já na renda variável, o que define a remuneração dos investimentos são os movimentos de alta e de baixa do mercado, que dependem de uma série de fatores, como econômicos, políticos e sociais, naturalmente imprevisíveis. Por isso, uma carteira de investimentos equilibrada deve considerar incluir aplicações de renda fixa e variável dentro do perfil de investidor e de tolerância ao risco.
Ou seja, para uma pessoa mais conservadora, pode ser pouco interessante ter parte dos seus recursos em renda variável, pois ele é averso à perda. Já o arrojado está muito mais disposto a correr riscos, suportando pequenas perdas em prol de uma rentabilidade mais alta.
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6. Escolha aplicações que utilizem indexadores diferentes
Os indexadores, ou índices, são muito utilizados na renda pós-fixada para atribuir a rentabilidade de algumas categorias de investimentos desse tipo. O IPCA (inflação), CDI, dólar (câmbio) e Ibovespa são os exemplos mais usados.
Um parâmetro comum aos investidores é comprar a rentabilidade oferecida por uma determinada aplicação com o IPCA, para ver se a final superará a inflação.
Geralmente, essas aplicações financeiras são mais voltadas para preservar o poder de aquisição do que gerar alta lucratividade.
Para diversificar, escolha aplicações de renda fixa que utilizem indexadores diferentes, aumentando o seu escopo de remuneração em diferentes situações de mercado.
7. Selecione ativos de setores econômicos que tenham uma baixa correlação
Principalmente na renda variável, é possível encontrar aplicações financeiras geradas por diversos setores da economia, como bancário, construção, agropecuário, comércio, indústria, serviços, etc.
Alguns deles são, especialmente, mais vulneráveis às oscilações do mercado geradas pela alta do dólar ou por crises sistêmicas que atingem a todos. Por conta disso, ao escolher investimentos em renda variável, é interessante selecionar ativos de setores que possuam uma baixa correlação entre si, ou seja, aqueles que não estejam expostos às mesmas inconstâncias do mercado.
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Sendo assim, escolha aplicações financeiras de empresas que atuem em setores diferentes da economia, que possuam pouca correlação ou que compensem as perdas e ganhos dependendo dos movimentos de alta e baixa.
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