Você sabe o que é a taxa Selic?
Entenda a origem da taxa básica de juros e seus impactos na economia e na vida do brasileiro
A taxa Selic está sempre presente em noticiários e bate-papos sobre economia. Porém, nem todo mundo sabe exatamente o que e como ela pode influenciar a vida financeira das pessoas.
Entender sua origem e como ela influencia o mercado é fundamental para planejar as finanças e cuidar melhor do dinheiro.
Por isso, se você quer saber o melhor momento para financiar um imóvel, pedir um empréstimo ou investir, continue a leitura e tire todas as suas dúvidas.
Entenda como surgiu a taxa Selic
O nome “Selic” vem de “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia”, um sistema administrado pelo Banco Central (BC) em que são negociados títulos públicos federais. São empréstimos de curtíssimo prazo, realizados entre instituições financeiras, que têm títulos públicos federais como garantia. A taxa média registrada nas operações equivale à taxa Selic “efetiva”.
Já a taxa Selic “meta”, que é definida pelo Comitê de Política Econômica (Copom) a cada 45 dias, é a taxa básica de juros da economia e um dos principais instrumentos do Banco Central para controlar a inflação.
Isso significa que a taxa Selic influencia todas as outras taxas de juros do país, seja para empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras, por isso ela está sempre tão presente no nosso dia a dia.
Como a taxa Selic influencia a economia do país
Quando a taxa Selic sobe, os juros dos empréstimos, financiamentos e cartões de crédito ficam mais altos, desestimulando o consumo. Se não tem quem compre, os preços caem, reduzindo, também, a inflação.
E quando a Selic diminui? Nesse caso, ocorre o contrário: com juros menores, pegar dinheiro emprestado ou financiar um bem fica mais barato. Por isso, o consumo aumenta.
Com o aumento da demanda, aumentam os preços dos produtos e serviços, podendo gerar uma alta da inflação. É assim:
Selic ALTA > Juros ALTOS > BAIXO consumo > BAIXA inflação
Selic BAIXA > Juros BAIXOS > ALTO consumo > ALTA inflação
Uma das principais estratégias da política monetária do Brasil está baseada em metas de inflação. Respeitar a meta é garantir a estabilidade da economia, evitar o descontrole de preços e a desvalorização do Real. É por isso que a taxa Selic está tão presente na vida do brasileiro.
Agora você já sabe: antes de solicitar crédito para sua instituição financeira, seja para trocar de carro ou comprar um imóvel, é importante avaliar como está a Selic. Se a taxa estiver baixa, é um bom momento para fazer negócios que exijam financiamento bancário.
Caso contrário, é melhor esperar. E essa dica também vale para o cartão de crédito. Quanto maior a Selic, maiores os juros praticados pela operadora do cartão.
Selic ALTA > Juros ALTOS > NÃO É HORA de financiar
Selic BAIXA > Juros BAIXOS > É HORA de financiar
E os investimentos, como ficam?
Depende. Os investimentos cuja remuneração é baseada em juros tem maior rentabilidade quando a Selic está alta. É o caso das aplicações em renda fixa, poupança, títulos do tesouro e dos CDBs.
Por isso, é importante ficar atendo às variações da Selic para saber quando diversificar a carteira para manter os ganhos.
Converse com o gerente da sua conta e conheça as melhores alternativas de investimentos e serviços financeiros para os dois cenários, de acordo com o seu perfil e projetos.
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