O cérebro comanda as decisões - inclusive as de compra. Os processos de tomada de decisão ocorrem a cada segundo, durante todo o dia e em toda a vida. Ou seja, o cérebro não pára nunca de deliberar sobre as mais diversas situações.

A mente funciona com dois sistemas básicos - e que atuam em paralelo. O chamado Sistema 1 é rápido, simples, intuitivo e automático. Ele não faz análises mais precisas, nos dá respostas breves, mas muitas vezes inconsistentes. Já o Sistema 2 é lento, tem por base sequências lógicas e requer raciocínio sobre as situações. É nele que tentamos consertar padrões ou erros já cometidos.

Esses dois sistemas se relacionam quando você decide seus gastos. Ou seja, emoção e razão se intercalam quando você escolhe esse ou aquele produto, quando compra um novo sapato ao invés de poupar mais um pouco. As emoções, que são ligadas ao Sistema 1, são primitivas, buscam atender nossos impulsos básicos, nos dar prazer. Elas formam a base do nosso pensamento, fazendo com que sejamos influenciáveis, sugestionáveis, vulneráveis. Já a razão surgiu durante o processo de desenvolvimento do homem e processa as informações que temos disponíveis em busca de maior lógica, senso de utilidade e segurança. Vale ressaltar que ambos os sistemas são essenciais para nossas escolhas, sem que um possa ser considerado mais certo do que o outro.

A verdade é que o homem é, por natureza, mais emocional do que racional e estas decisões podem afetar e muito a vida financeira, seja para melhor ou para pior. São as escolhas que definem cada um.

Decisões financeiras pedem escolhas conscientes

Ao saber como seu cérebro se organiza você consegue equilibrar esses dois lados em busca de decisões mais conscientes. E quando falamos de escolhas econômicas e financeiras, esse estado de consciência é ainda mais importante. Quer um exemplo?

Quando você poupa dinheiro para a aposentadoria, por exemplo, ao invés de ter o prazer viajar todos os anos, está fazendo uma escolha racional, com lógica e elementos de longo prazo, deixando o emocional de lado. Se você, nesse cenário, estipular uma viagem a cada dois anos, por exemplo, e montar uma reserva para esse fim, estará novamente decidindo com racionalidade, mas sem desconsiderar o emocional. É isso que a educação financeira pode fazer por você.

Ou seja, consumir com consciência deixando, sempre que possível, o lado emocional em segundo plano aumenta sua chance de fazer escolhas financeiras e econômicas mais acertadas - especialmente quando se trata de longo prazo. Para ajudá-lo a definir a melhor opção, fique atento aos "empurrões" que recebe na hora de consumir. Alguns deles podem ativar seu lado emocional e anular seu lado racional.

Quer saber mais sobre educação financeira? Acesse o site do Cooperação na Ponta do Lápis e conheça o nosso Programa.

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