Como funciona um fundo de investimento na prática?
Entenda sobre a estrutura e o funcionamento dos fundos de investimento e saiba como eles cuidam do seu dinheiro
Entre as diversas opções de aplicações financeiras no mercado, os fundos de investimento se destacam por serem uma forma de diversificar a carteira de maneira mais simplificada. Isso porque em um fundo, basicamente, o investidor compra uma cota de participação em um “grupo” de investidores, que confia a administração do seu dinheiro para a gestão deste fundo, que é a responsável por comprar e vender os ativos para obter lucro.
Os fundos também costumam ser classificados de acordo com os tipos de ativos aos quais se dedicam, podendo ser, por exemplo, fundos de renda fixa, ações, multimercado (títulos variados), ou cambial, etc. Geralmente, os fundos trabalham com categorias de ativos específicos, o que é definido no regulamento do fundo. O regime de tributação e de taxas pode variar bastante de um fundo para o outro, portanto, é necessário pesquisar e tirar todas as dúvidas antes de investir.
Os associados do Sicredi contam com uma ajuda diferenciada nessa parte, pois além de conseguirem consultar as taxas diretamente no nosso site e aplicativo, também podem solicitar a consultoria dos gerentes de investimentos para orientá-los.
Este texto tem o propósito de explicar como é a estrutura e como funcionam os fundos de investimento na prática. Ou seja, o que a gestão do fundo realmente faz pelo dinheiro dos seus cotistas. Continue a leitura a seguir:
Como é a estrutura dos fundos de investimento?
Os fundos de investimento funcionam como uma espécie de “condomínio”, onde os cotistas seriam os “moradores” dos apartamentos ou casas, o gestor o “síndico”, e a administração a “infraestrutura” coletiva. Os fundos possuem uma estrutura bem organizada, com regulamento e CNPJ próprios, e a divisão de tarefas entre os setores que os compõem. São 5 os principais cargos-chave: gestor, administrador, custodiante, distribuidor e auditor independente. Para atuarem em suas atividades, todos esses profissionais precisam ser autorizados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que tem a função de regulamentar e fiscalizar o mercado de investimentos.
Como funciona o fundo de investimentos?
As duas principais figuras do fundo são o Gestor e o Administrador, que são responsáveis pela maior parte do funcionamento. Sendo assim, cada um dos cinco cargos citados desempenha funções específicas:
O Administrador é responsável pela criação do regulamento, do registro do fundo nos órgãos competentes – CNPJ, CVM, ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) –, pela contratação dos demais profissionais para compor o quadro do fundo – gestor, auditor independente e custodiante. Logo, a função do Administrador é parecida com a do “síndico”, pois ele é encarregado de cuidar e fiscalizar todas as atividades.
O Gestor, ou Asset, é o responsável por selecionar (comprar e vender) os ativos que irão compor a carteira do fundo de investimento. Ele é encarregado de elaborar toda a estratégia de alocação dos recursos financeiros dos cotistas, dentro do que é permitido pelo regulamento do fundo. O Gestor é quem executa as ações, podendo dentro dos limites, decidir quais títulos comprar, vender ou manter na carteira, com o objetivo de garantir a longevidade e o crescimento contínuo do fundo de investimento.
O Custodiante é encarregado de realizar a parte operacional do fundo, como a compra e venda de ativos e a “guarda” dos mesmos.
O Auditor Independente é um prestador de serviço, contratado pelo Administrador do fundo, que possui a função de verificar anualmente se as informações prestadas pelo Gestor e pelo Administrador estão evidentemente de acordo com as normas e regulamentos vigentes.
Já o Distribuidor é a instituição financeira responsável por realizar o atendimento ao investidor, e concretizar a venda (distribuição) das cotas do fundo. No caso do Sicredi, os distribuidores são as nossas cooperativas de crédito.
Todas as funções citadas são desempenhadas por equipes maiores ou menores, de acordo com a complexidade do fundo.
Qual é o objetivo da taxa de administração e da taxa de performance dos fundos de investimento?
Agora que explicamos sobre a estrutura e o funcionamento, vamos detalhar qual é a justificativa para a cobrança das taxas de administração e de performance nos fundos de investimento.
A taxa de administração representa o valor cobrado para a prestação dos serviços do fundo aos seus cotistas. Ou seja, dentro dessa cobrança, já estão embutidos os pagamentos pelo trabalho do administrador, do gestor, todas as despesas operacionais, de auditoria e de distribuição que o fundo necessite arcar. A taxa de administração é a corriqueira para a manutenção do fundo, e é cobrada anualmente sobre um percentual definido no regulamento.
Normalmente, a taxa de administração pode aumentar de acordo com a complexidade do fundo. Por exemplo, para fundos de renda fixa “simples” ou de “gestão passiva” – que só buscam replicar um indexador (Selic, CDI, etc), ou “benchmark” –, a taxa de administração pode ser relativamente mais baixa (menos de 0,5%), de acordo com a média de mercado. Já em um fundo de ações, a taxa de administração costuma ser mais elevada pois, devido à complexidade da alocação dos ativos, o gestor trabalhará mais e precisará de uma equipe maior com mis analistas e ferramentas de monitoramento de risco e oportunidades de mercado. Por esses motivos, os fundos com gestão ativa tenderão a ter taxas de administração maiores do que os fundos de gestão passiva.
A taxa de performance, por sua vez, funciona de maneira diferente, pois é cobrada apenas quando o fundo supera o seu objetivo de lucro. Ela corresponde, normalmente, à 20% sobre a rentabilidade excedente. Então, ela só é cobrada na hipótese de alta performance da gestão do fundo, o que é algo positivo para o investidor. Se trata de uma “premiação”, ou estímulo, para o bom desempenho do gestor quando ele vai além da meta de rentabilidade prometida aos cotistas. Para que a taxa de performance possa ser aplicada, ela deve estar prevista expressamente no regulamento. Em geral, essa cobrança costuma ser semestral, de forma automática, caso o gestor ultrapasse a meta de rentabilidade para aquele período.
Mesmo assim, o investidor deve avaliar a situação na qual existe a cobrança de taxa de performance, e descobrir se ela faz sentido. Por exemplo, em um fundo com gestão ativa que busca superar o CDI em um percentual razoável, a taxa de performance pode fazer sentido, o que costuma acontecer em Fundos Multimercado.
Já em outro fundo que busca acompanhar, ou estar atrelado ao CDI, pode não fazer tanto sentido a cobrança de taxa de performance, pois se trata de um fundo com estrutura administrativa com gestão passiva, como é o caso dos Fundos de Renda Fixa.
Depois de saber de todas essas informações sobre os fundos de investimento, o seu próximo passo pode ser encontrar um ideal para os seus objetivos e começar a investir. Confira o nosso outro conteúdo aqui no Blog sobre o que levar em consideração na hora de escolher fundos de investimento?
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