A Sicredi UniEstados promoveu uma série de eventos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais em preparação ao Plano Safra 2024/2025. Estas iniciativas visaram compartilhar informações importantes com assistência técnica, parceiros dos produtores rurais associados à cooperativa. As apresentações foram realizadas em Poços de Caldas/MG dia 4 de junho; em Erechim/RS dia 11 de junho; e, em Concórdia/SC, no dia 18 de junho; cada uma reunindo mais de 100 participantes. O objetivo foi antecipar cenários e tendências no agronegócio para o próximo ano agrícola.

O Sicredi se constitui como um importante parceiro dos pequenos e médios produtores rurais e alcançou a marca de segunda maior instituição financeira do Brasil em carteira de crédito agro. No ranking de liberações do BNDES em 2023, o Sicredi foi o principal repassador de recursos para este setor, com R$ 5,7 bilhões concedidos, aumentando em 37% o volume liberado.

“Para 2024, reiteramos nosso compromisso em continuar apoiando o desenvolvimento do setor agropecuário e é por isso que hoje estamos aqui para compartilhar conhecimento e informações estratégicas”, reforçou o diretor de negócios da Sicredi UniEstados, Evandro Varotto.

Análise detalhada das tendências agrícolas

Durante os eventos, os assessores de negócios e especialistas em agronegócio da Sicredi UniEstados conduziram análises minuciosas das perspectivas e tendências para as principais culturas agrícolas da região. Conforme explanaram, a safra de soja de 2024 no Brasil apresenta o mesmo cenário desafiador do ano anterior. Entre os fatores que influenciam a formação de preço estão a Bolsa de Chicago, o prêmio de exportação e o câmbio. Atualmente, o prêmio de exportação que esteve negativo durante o pico de colheita devido ao excesso de oferta e à insuficiência de capacidade de armazenamento, agravada pelos problemas logísticos recorrentes, vem reagindo nos últimos meses, e encontra-se positivo e com tendência de melhora para os próximos meses, muito impulsionado pela entressafra. Apesar das dificuldades, a recuperação foi mais rápida neste ano, estimulada principalmente pelas enchentes e inundações no Rio Grande do Sul, terceiro estado em produção de soja do Brasil, que sofreu alterações na produção esperada, em função destes fatores climáticos. Dados indicam que o déficit de armazenagem, que foi de 120 milhões de toneladas em 2023, está em 90 milhões de toneladas em 2024. A falta de capacidade de armazenamento é um problema crítico, e a Sicredi UniEstados destaca a importância de estimular os produtores a investirem na construção de silos e melhorar a armazenagem.
 

Perspectivas para o mercado de milho e trigo

Os especialistas discutiram as oscilações no mercado de milho, prevendo um aumento nos preços para os próximos meses, devido à redução da área plantada e à crescente demanda interna, especialmente no setor de etanol e na alimentação animal. Destacaram a necessidade de enfrentar os desafios logísticos e de armazenagem para garantir a sustentabilidade do mercado. Também analisaram a volatilidade dos preços do trigo, influenciada por eventos climáticos e geopolíticos globais, apontando para uma tendência de alta no curto prazo devido à redução nos estoques mundiais. Reforçaram a importância de monitorar os estoques globais e os impactos nas projeções de preços para os próximos meses.

Insumos agrícolas

Sobre os preços dos insumos agrícolas, afirmaram que os preços dos fertilizantes, nitrogênio, fósforo e potássio, regressaram aos patamares de 2021 após um pico observado em 2022. Segundo eles, a tendência para a safra de 2024 indica preços mais baixos para fertilizantes em comparação ao ciclo anterior, uma tendência que se projeta para se manter ao longo de 2025.

Boi gordo

Eles ainda comentaram que o mercado de boi gordo no Brasil tem enfrentado variações significativas nos últimos anos e que houve uma queda nos preços da carne, devido ao aumento da oferta de matrizes para abate, muito estimulada pelos baixos preços dos bezerros, aliada à diminuição do consumo per capita durante a pandemia de 2022, devido à redução do poder de compra. Em contrapartida, houve uma recuperação no consumo de carne bovina em 2023, uma tendência esperada para impulsionar os preços ao longo de 2024. Outro fator levado em consideração para o aumento dos preços é o ciclo pecuário, explicado pelos especialistas, onde iniciaremos uma fase de menor abate de matrizes a partir do segundo semestre de 2024, estimulado pela valorização esperada para o preço dos bezerros. 

Cultura do Café em Minas Gerais

Em Minas Gerais, o destaque da apresentação ficou por conta da cultura do café, uma vez que é o maior estado produtor do Brasil. O evento trouxe à tona dados sobre a produção e a demanda mundial de café, ressaltando o papel central do Brasil nesse mercado. O país lidera a produção global com expectativa de produção de 66,3 milhões de sacas, seguido por Vietnã, Colômbia e Indonésia.

A demanda por café também foi abordada, mostrando um panorama diversificado. Os principais consumidores de café no mundo são a União Europeia, os Estados Unidos e o Brasil, com demandas que podem chegar a 25,4 milhões de sacas. Esses dados sublinham a importância do café não apenas como um produto agrícola, mas como um elemento essencial nas economias e culturas ao redor do mundo.

Compromisso com o desenvolvimento sustentável

Os eventos encerraram com agradecimentos e reforço do compromisso contínuo da Sicredi UniEstados em apoiar o crescimento sustentável do agronegócio em suas regiões de atuação. A cooperativa reafirmou sua dedicação em fornecer soluções financeiras que impulsionem o desenvolvimento econômico e social das comunidades rurais, promovendo inovação e parcerias estratégicas para enfrentar os desafios do setor.

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