Geração de energia por fonte solar é alternativa para driblar o calor e reduzir custos
No Sicredi, a demanda por crédito para esta finalidade aumenta ano a ano; saldo em carteira chega a R$ 5,8 bilhões, crescimento de 270% em quatro anos
Temperaturas elevadas, com recorde em várias regiões do Brasil, e conta de luz subindo na mesma proporção. Para fugir do calor, muita gente tem recorrido ao uso do ar-condicionado, equipamento que aumenta o consumo de energia e pesa no orçamento. Para quem deseja usar o aparelho sem culpa, a minigeração de energia por fonte fotovoltaica tem sido uma alternativa. O valor investido no conjunto de equipamentos tem ficado cada vez mais acessível e se tornou um aliado de famílias e empresas para driblar as ondas de calor em qualquer época do ano. Isso porque a energia solar, além de ser renovável, proporciona uma redução de até 95% na conta de luz e as usinas têm uma vida útil de aproximadamente 25 anos.
A procura por crédito para esta finalidade é crescente em todo o País e recentemente o Sicredi superou a marca de R$ 1 bilhão de saldo em carteira nos estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia, Acre, Amazonas, Amapá, Roraima e algumas cidades de Goiás. Em todo o País, o saldo passa de R$ 5,8 bilhões. Um termômetro dessa busca por financiamentos para energia solar é o salto registrado no saldo em quatro anos, quando o valor quase quadruplicou na região. Passou de R$ 258,1 milhões em 2020 para R$ 1,024 bilhão em 2023, uma expansão de 296%.
Em Mato Grosso, o crescimento foi de 282%, ao pular de R$ 225,7 milhões para R$ 863,8 milhões no mesmo intervalo. Em todo o País, o crescimento foi de 270,5%, ao sair de R$ 1,588 bilhão em 2020 para R$ 5,885 bilhões em 2023. Agilidade na análise e concessão do crédito, taxas de juros e prazos atrativos, além de parcerias com fornecedores têm motivado os associados a investirem na geração própria de energia por fonte solar, aderindo também à pegada verde tão fomentada atualmente.
Na Sicredi Biomas, nos meses de outubro e novembro os associados poderão contar com condições facilitadas na aquisição total do projeto para captação de energia solar em residências, empresas ou propriedades rurais, desde equipamentos a mão de obra. Durante a campanha Sinal Verde, os associados poderão adquirir o crédito de energia solar com taxas a partir de 1.49 ao mês, prazo de até 120 meses e 180 dias para pagar a primeira parcela.
“Em tempos de calor insuportável, o consumo de energia aumenta e pesa no bolso. Para atenuar o clima e as despesas, a energia solar tem sido uma alternativa e no Sicredi temos linhas de crédito para os associados adquirirem tecnologia para utilização de uma fonte renovável em sua residência, no seu negócio ou na sua propriedade rural, contribuindo também com o meio ambiente”, afirma Mayara Oliveira, consultora de Negócios do Sicredi, ao frisar que a geração de energia elétrica por fontes renováveis como o sol (fotovoltaica) e os ventos (eólica) é uma tendência global.
Geração de energia elétrica no Brasil
A geração de energia elétrica por fonte solar está em expansão no Brasil, com perspectivas bem favoráveis para os próximos anos. Proveniente de uma fonte renovável e inesgotável de energia, não é poluente, exige pouca manutenção em suas centrais de produção e já é a 2ª principal matriz energética brasileira, respondendo por 15,4% da geração, atrás apenas da hídrica, que detém 50,1% do volume total de energia gerada no País.
Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) aponta que em setembro, o Brasil tem uma potência instalada de 33,7 gigawatts, sendo 23,364 GW de geração distribuída (69%) e 10,393 GW de geração centralizada (31%). Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a potência instalada era de 18,6 GW, a evolução é de 81%, o que comprova o cenário promissor para este segmento.
Quando considerada a classe de consumo, o levantamento da Absolar indica que as residências detêm a maior fatia da potência instalada, com 11,4 GW (49%), seguidas por comércio e serviços com 6,5 GW (28%), pela classe rural com 3,4 GW (14%), e industrial com 1,6 GW (7,1%). Em número de sistemas, a ordem é a mesma com um total de 2.106 milhões de instalações, sendo 1,652 milhão em residências, 228,4 mil em estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, 184,7 mil em propriedades rurais e 34,2 mil em indústrias.