Open Finance: serviços personalizados e inovadores a um click de distância

   Se você é antenado nas novidades do mundo financeiro, provavelmente já deve ter ouvido falar de Open Finance, não é mesmo? O termo ganhou popularidade nos últimos três anos com o processo de implementação realizado pelo Banco Central do Brasil (Bacen). Este sistema financeiro aberto tem revolucionado a forma como as pessoas lidam com o dinheiro, isso porque ao consentir com o compartilhamento de dados com a sua instituição financeira, você terá acesso a produtos e serviços personalizados de acordo com seus interesses e objetivos. 

            O Open Finance é um sistema de compartilhamento de dados entre instituições bancárias ou financeiras. A iniciativa é uma novidade no mercado brasileiro e traz alguns benefícios para as empresas que detêm essas informações, mas principalmente para quem adere ao sistema. Com o Open Finance, a competitividade na oferta de produtos e serviços aumenta, fazendo com que haja preços mais atrativos no mercado e soluções financeiras de acordo com o perfil de cada cliente. 

        Nesse modelo de atuação mais transparente, a gestão financeira também pode se tornar mais simples. Pensemos juntos: com esse sistema, há maior clareza nas informações e acesso às melhores ofertas e produtos. Com condições mais atrativas, surge a possibilidade de equilibrar de maneira eficiente o orçamento ou ter mais controle sobre suas finanças. Assim, ao conhecer exatamente suas opções, você pode analisar e compreender se seu dinheiro está sendo bem empregado ou se há espaço para otimizações. E, com clareza sobre as finanças, elas funcionam muito melhor. 

           Segurança em primeiro lugar: Para definir as regras de funcionamento do Open Finance de maneira justa e igualitária, o Bacen criou um grupo de trabalho com os principais representantes de instituições financeiras e de pagamentos do país. A partir daí, ficou estabelecido que todos os tipos de instituições financeiras teriam os mesmos direitos e obrigações ao implementar o sistema aberto aos seus clientes. Além disso, todas as instituições participantes devem ser autorizadas pelo Banco Central. Isso garante maior segurança e praticidade. 

             Agora, analisando pelo lado dos usuários, a principal dúvida sobre o tema geralmente é: será mesmo que é seguro compartilhar minhas informações financeiras com as instituições? Afinal, quando falamos de dinheiro e dados bancários, é sempre uma questão delicada. Antes de qualquer coisa, vale lembrar que algumas normas brasileiras, como a Lei do Sigilo Bancário e a Lei do Cadastro Positivo já tratavam sobre o compartilhamento de dados financeiros das instituições e dos usuários. Além disso, desde 2018 contamos com a Lei Geral de Proteção de Dados.  

            Além de definir processos para que empresas e instituições utilizem os dados, a LGPD regulamenta todas as ações relacionadas ao uso de informações pessoais, desde a coleta até a eliminação desses dados. Dessa forma, a LGPD proporciona segurança jurídica e exige que as instituições adaptem seus processos de negócios para tratar dados pessoais de maneira adequada. Levando em conta todas essas regulamentações e regras, não há dúvidas que aderir ao Open Finance é um processo de compartilhamento seguro e amparado por lei. 

      Open Finance x Open Banking: Uma vez que entendemos quais os benefícios desse sistema de compartilhamento e a proteção que ele oferece aos consumidores, é importante compreender alguns aspectos que o diferenciam do Open Banking, isso porque é comum que muitas pessoas tenham dúvidas sobre a diferença entre ambos. 

            É importante deixar claro que o Open Finance é uma evolução do Open Banking. A principal diferença entre eles é que, enquanto o Open Banking se concentra no compartilhamento de informações entre instituições bancárias, o Open Finance amplia essa ideia para incluir outras instituições financeiras, como corretoras de investimentos, seguradoras, previdência, câmbio, entre outras. Assim, o Open Finance fornece uma visão mais completa e detalhada da situação financeira de uma pessoa ou empresa. Simples, né?! 

          Open Investment: E por falar em evolução, a próxima etapa desta linha de upgrades traçada pelo Banco Central já está a todo vapor. Desde o fim de 2023, os adeptos ao Open Finance podem compartilhar seus dados referentes a produtos e serviços relacionados a investimentos. O Open Investment tem como objetivo criar um sistema de compartilhamento rápido, fácil e seguro de dados dos clientes, instituições e serviços do setor de investimentos para, dessa forma, possibilitar condições mais competitivas e acessíveis no mercado.   

        Conforme um estudo realizado pela Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, o número de investidores individuais em renda variável aumentou em 35% no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior, passando de 3,3 milhões para 4,6 milhões. Esse aumento expressivo salienta que cada vez mais as pessoas estão atentas no que diz respeito aos investimentos e reserva financeira. 

       O Open Investment é a iniciativa que, além de proporcionar um ambiente seguro para investidores compartilharem seus dados com instituições financeiras, também incentiva mais pessoas a se interessarem mais pelo mercado financeiro e a ingressarem no mundo dos investimentos, oferecendo inúmeras vantagens. Dentre elas, produtos personalizados e condições especiais para cada usuário. 

            “Com o Open Investment, as instituições poderão ofertar produtos e serviços relacionados a investimentos que sejam mais adequados aos seus clientes e que facilitem o gerenciamento financeiro. Um dos possíveis benefícios é maior facilidade e agilidade para consolidar os dados de investimentos dispersos em várias instituições custodiantes – instituições que intermediam operações de compra e venda de ativos”, disse Matheus Rauber Coradin, assessor sênior do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central (BC). 

             Open Finance e cooperativismo: O Open Finance é sinônimo de uma nova página no cooperativismo. O investimento em transformação digital facilita e simplifica a relação com o associado. Consciente disso, o Sistema Sicredi vem, desde 2017, investindo no seu processo de convergência tecnológica. Entre as diversas melhorias oferecidas aos associados destacam-se a adesão ao Pix e o fato de sermos uma das primeiras instituições a permitir operações via WhatsApp Pay, proporcionando conveniência e facilidade. O Open Finance também integra esse cenário tecnológico, permitindo mais autonomia na vida financeira e promovendo transparência nas relações entre pessoas e instituições financeiras. 

           Para o diretor de Tecnologia da Informação do Sicredi, Volmar Machado, o sistema financeiro aberto pode trazer benefícios aos indivíduos e instituições financeiras: “Começar a jornada das pessoas em uma instituição e terminar em outra, tudo por meio de interfaces de programação, gera uma competitividade saudável, porque elas podem encontrar as melhores ofertas e também diminui o fator de concentração bancária que hoje é muito forte.” 

        O cenário atual também favorece o crescimento das cooperativas no Brasil. De acordo com o Relatório de Economia Bancária de 2020 do Banco Central, empreendedores que buscaram crédito em sistemas cooperativos tiveram taxas de sucesso maiores do que no setor bancário tradicional. Além disso, a possibilidade de relações mais transparentes e humanizadas entre instituições e associados nas cooperativas de crédito beneficia tanto a empresa quanto o cooperado.  

       Cooperativismo e Open Finance estão alinhados em muitos princípios. Pensando na diretriz do cooperativismo, ele surgiu como uma alternativa para financiar atividades por meio da adesão livre e voluntária, e o sistema financeiro aberto alinha-se a esse ideal. O sistema oferece ao usuário o poder de escolha e assegura sua autonomia na gestão da vida financeira, por isso, a combinação com o cooperativismo é sinônimo de sucesso e boa gestão da vida financeira.  

       Tá, mas e agora, como que o associado faz para aderir ao sistema? Os associados podem compartilhar seus dados com o Sicredi, bastando informar o motivo. Dá para pedir a avaliação para aumentar o limite do cheque especial ou do cartão de crédito diretamente pelos canais digitais, por exemplo. Sem burocracia, rápido e fácil.  

       Não restam dúvidas de que o Open Finance é uma facilidade que vai revolucionar a vida financeira dos nossos associados. Solicite agora mesmo o compartilhamento de dados e se prepare para desfrutar das diversas vantagens que esse sistema pode ofertar, contando é claro, com todo o apoio e excelência que tradicionalmente o Sicredi oferece.